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Mães na Linha de Frente: Histórias de servidoras sobre desafios e a rotina durante o enfrentamento à pandemia em Santa Catarina


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Nathalia ficou 28 dias sem ver os filhos com medo de transmitir Covid-19. Maici aprendeu a se desdobrar em muitas para dar aulas online e acompanhar os caçulas nas tarefas de ensino remoto. Cíntia ajudou a parceira, que é médica socorrista do Samu, a superar crises de pânico. Aline ficou 10 meses sem abraçar os filhos com medo de contágio. Camila está grávida e alterou a rotina para preservar o bebê que está para nascer. 

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Mães e profissionais, essas mulheres enfrentam o desafio de conciliar a rotina de trabalho com o cuidado dos filhos em meio à pandemia da Covid-19. Elas estão à frente da fiscalização das medidas sanitárias, do policiamento e da segurança pública, do cuidado com os doentes em alas hospitalares e serviços de emergência, nas salas de aula, nas ambulâncias e batalhões. São o retrato de muitas que se dedicam para garantir a saúde, a segurança e o bem-estar dos catarinenses. 

Confira a seguir esses depoimentos e a homenagem do Governo do Estado de Santa Catarina a todas as mães:

Um abraço muito esperado

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Para Aline Gonçalves, de 38 anos, ser mãe é uma palavra muito pequena para algo muito grande. “É nascer de novo”, admitiu. Enfermeira, ela trabalha na Capital e assumiu a coordenação da área de emergência do Hospital Governador Celso Ramos, em Florianópolis, em julho de 2020, durante a pandemia. Seus filhos se mudaram para a casa dos avós, logo após o decreto das primeiras medidas de distanciamento social, para restringir o contato e diminuir as chances de contágio. Aline tem um filho de 17 e outro de 7 anos. Ela só se sentiu suficientemente confiante para abraçar os meninos pela primeira vez em dezembro de 2020, quase 10 meses depois do início da pandemia em SC. “Vesti um macacão especial para poder abraçá-los. É algo muito forte isso. Eu fiquei mais próxima da minha mãe também, ela foi um apoio incrível. Ao ser mãe, você também entende melhor o trabalho da própria mãe e isso influencia em tudo”, afirmou.

Distante dos filhos

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A viatura percorria ruas vazias e o sistema de som reforçava: “Fique em casa.” Essas são as lembranças da soldado do 22º Batalhão da Polícia Militar de Santa Catarina, em Florianópolis, Nathalia Piazza do início da pandemia. Enquanto fiscalizava as medidas de proteção sanitária, a filha, de 12 anos, e o caçula, de nove, foram para a casa de praia com o pai, para reduzir o risco de contágio. Ela lembra que, na época, algumas pessoas saíam nos prédios para aplaudir e incentivar o trabalho. “Eu fiquei 28 dias sem vê-los. Havia muita apreensão com tudo, e eu chegava em casa e não tinha ninguém. Foi um período difícil”, conta.

Mesmo com todo cuidado, mais tarde, Nathalia acabou contraindo Covid-19 e transmitindo para o marido e os filhos, o que gerou apreensão: “Eu tinha bastante medo porque a gente não sabe como o organismo vai lidar com o vírus.” A família se recuperou da doença. Hoje, Nathalia mantém o trabalho de fiscalização das normas e regras sanitárias contra a Covid-19. Enquanto se divide entre a rotina em casa e no batalhão, reflete sobre a maternidade e afirma: “É um prazer muito grande ser mãe. É a melhor coisa que aconteceu na minha vida. Eles são meus grandes parceiros.”

Cuidado na escola, educação no lar

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Maici Alboleda Silva é professora de Ciências da Escola de Educação Básica José Brasilício, em Biguaçu, há sete anos. Desde o início da retomada das atividades, ela tem uma preocupação: colocar-se no lugar das mães que estão com os filhos em casa e fazer um bom trabalho. “Eu tinha uma angústia de saber se eles estavam aprendendo”, conta. 

Quando as aulas remotas começaram, ela decidiu criar uma dinâmica de sala de aula e convidava a todos para participar. “Além do conteúdo da disciplina, a gente falava sobre outros assuntos do cotidiano como uma forma de amenizar a distância. Alguns pais também participavam”, lembra. Mãe de três meninos, de 18, sete e cinco anos, Maici também teve de se desdobrar para manter a rotina de aulas online e a educação dos filhos. “Um dos pequenos estava no processo de alfabetização e dei continuidade em casa. Inventamos muitas atividades para entreter os dois durante esse período de isolamento”, conta.

Com a volta à rotina de aulas presenciais, Maici se preocupa em dar exemplo. Mede a temperatura na entrada da escola, troca de máscara para estimular que os alunos façam o mesmo e destaca: “Vamos nos esforçar, vamos pensar que se fizermos tudo direitinho, logo poderemos estar nos abraçando novamente como antes.”

À espera de Antônio

A gravidez é uma fase de receios e adaptações, e hoje, durante a pandemia essas sensações ficam ainda intensas, aliadas a cuidados, medos, ansiedade e expectativa. É o caso da soldado Bombeiro Militar, que trabalha em Forquilhinha, Camila João. Ela está grávida de seis meses do primeiro filho, o Antônio. Camila relata como tem conciliado o trabalho remoto com a saudade da rotina de trabalho no quartel e as descobertas que a gravidez traz, especialmente diante da Covid-19. 

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Foto: Manuela Silva / CBMSC

A soldado explica que no Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina, quando a servidora engravida fica afastada do operacional, não faz mais parte do atendimento de ocorrências. Hoje, ela trabalha remoto e só sai de casa se for estritamente necessário. 

“Acredito que o isolamento social ainda é a melhor maneira de proteger quem amamos. Tenho uma vida em formação dentro de mim e que precisa que eu esteja saudável e com energia. Também preservo a minha saúde mental, pois tenho saudade da minha rotina, mas neste momento tenho que gerenciar, escolher as prioridades, e hoje a prioridade é meu bebê Antônio. Eu ainda encaro a maternidade como uma ocorrência, só que desta vez tenho certeza que o resultado final é de muito amor e sucesso. São emoções parecidas, adrenalina e a vontade de chegar logo também, e claro, a expectativa para que tudo ocorra positivamente.”

Amor como tatuagem 

A médica Isadora Gomes Soares, de 45 anos, estava num plantão, no dia 10 de fevereiro deste ano, quando começou a sentir uma dor no peito e uma angústia que culminou numa dificuldade respiratória. “Eu achei que era cardiovascular. Pensei que era cardíaco. Aí, eu fui atendida pelo Vinícius, que também trabalha no Samu. Fiz os exames, eletro e tudo deu normal. Mas estava com 140 de frequência e 16×11 de pressão. Me falaram que eu estava passando por uma crise de pânico”, lembra. 

Notícias de Santa Catarina - SC HOJE NewsIsadora segura a filha ao lado de Cíntia

Antes de ser atendida no Hospital, Isadora finalizou um atendimento e chegou à emergência com muito suor, mal-estar e pressão alta. Trabalhando desde o início da pandemia, segunda, quarta e sexta, revezando os dias com sua parceira, a também médica Cíntia Tamellini, de 41 anos, ela recebeu a recomendação de ficar em casa entre 10 de fevereiro e 26 de abril, tratando sua saúde mental. 

Durante o plantão do dia 3 de maio, ela se emocionou ao falar da filha. “Ela foi meu alicerce, me fez criar forças de onde não sabia existir. Nenhuma mãe é capaz de falar em palavras o que um filho, o que uma filha gera em nós. É um presente. É algo divino”, descreve Isadora.

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Isadora e Cíntia vivem juntas há mais de 10 anos e começaram a trabalhar no Samu de Santa Catarina em 2013. A pequena fará três anos em julho. Isadora carrega seu rosto tatuado no braço. “Quando estou longe dela, ela permanece junto a mim. Ela me acompanha”.

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Fonte: Governo SC

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